domingo, 19 de abril de 2009
Esperando o verão dos sonhos
Antes eu me enfeitava e saía pelas ruas, possuindo-as
Todas para mim...
Hoje, sou o barco parado na beira do cais
Esperando o verão dos sonhos
Que tanto me prometeram.
Me esconderam de mim, ou fui eu que fiz assim?
Se eu soubesse por onde começar
Dedilharia tudo outra vez, e outra vez...
Parece que tem horas onde perco os meus pés,
E o meu sorriso dói
Porque já não é fácil alcançá-lo
Não é fácil alcançar um sorriso...
Não sei mais onde encontro a menina dona das ruas
Não sei onde ela descalçou as sandálias
E as trocou por um belo punhado de outros nós
Não sei em que parte tudo isso se perdeu...
Para um amor desconhecido...
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Mãe liberdade.
Mamãe falou
Eu ainda criança
Que um dia ia me deixar
Eu era pequena pra entender
Quanta doçura ela devia ter
Mas no dia em que chorei
Ela nem disse adeus
E foi aí que eu entendi
Ela não era feita de adeus
E hoje sigo alguns passos
De quem nunca me deixou sem um abraço
Foi luz, sombra, teto e clareza
Viveu em muitas estradas
E só conhecia a liberdade
Mamãe, esse foi o problema
Tuas asas partiram para o céu
E me deixaram sem ti
O que mamãe escondia
É que era ela
A liberdade em si.
sábado, 4 de abril de 2009
Enquanto você pedia calma.
Enquanto você pedia calma, eu não tinha paciência de esperar. Dois minutos, um, qualquer tempo que fosse, qualquer. Eu queria tudo num segundo ou dois, era o que eu disponibilizava naquele momento. Em se fazer de vítima o craque era você, que enganava, sugava o sentimento dos outros e depois sumia da vida delas como se tivesse toda a autoridade. Mas eu sabia o quanto você podia ser insuportável e esnobe, chutava suas mentiras para o alto e as acertava nos outros, no lugar de se assumir e admitir ser o culpado e violentador de sentimentos.
Assinar:
Postagens (Atom)